s.t.

Não tenho escrito – talvez a noite
absorta já não me seja
reconhecível como era antes.
Falta-me agora a razão austera e só
de um lago de sal de indistinto horizonte
onde o céu ao chão se confunde;
mas por outra via, essa falta sequiosa de conceitos,
esmorecendo me apunhalou sem aviso.
Nem o sonho de um feixe de ervas,
daquela antiga coroa de heras outrora escrita
me salvam desta latitude,
sob a teoria de astros cegos.
Eu usava esperar a revolução púrpura da noite
que desencadeia do prado os cavalos.
Não farei guerra às ruínas perfeitas
que ainda me esperam.
Mas ao tempo informe de ânforas quebradas.
Não partirei lança nem porei espada ao sol;
a noite voltará da terra por cultivar.

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